
Expressões Artísticas e musicais já atravessaram barreiras no passado, mas o
hip-hop é mais que apenas música. É uma forma de vida que abrange movimento físico e expressão pessoal. O gênero artístico musical
hip-hop, que surgiu na década de 1970 nas áreas centrais de comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas da cidade de Nova Iorque é destinado àqueles que independente de cor, raça, sexo e estado social, viram no
hip-hop uma forma de contestar as injustiças de um sistema que quer nos segregar de maneira sutil e fazer com que nos sintamos superiores uns aos outros – simplesmente pela tonalidade mais clara de pele, ou pela textura mais lisa do cabelo; pela delicadeza dos traços faciais ou pela clareza dos olhos.

Para Gracylliano Santos, mais conhecido como Hotton, professor de
hip-hop da
Acadêmia de Dança Arte & Movimento a principal diferença do
hip-hop em relação as outras danças está na expressão, " Apesar das outras danças também terem muita energía, o
hip-hop exige mais nos movimentos que são colocados mais força, quem está fora vendo o
hip-hop ser dançado sente toda a energía e a força que está sendo colocada...".
O
hip-hop se espalhou rapidamente pelo mundo dev

ido às periferias, na
década de 70 uma banda chamada
Afrika Bambaataa apareceu e começou a f
azer shows inicial
mente
por Nova York e depois co
meçou a expandir seus shows de
hip-hop pelas periferias da cidade de Nova York, logo as pessoas se interessaram não só pela música, mas também pela dança.
Além disso, havia os jamaicanos que, após o fim período de colonização, se sentiram livres e começaram a viajar pelo mundo; logo eles tiveram o contato com o
hip-hop e incluiram a música e a dança nas suas manifestações artísticas e começaram a difundir o gênero pelo mundo durante as suas viagens, explica Gracillyano.
Um ponto destacado pelo professor de
hip-hop é o preconceito que o gênero sofre. " As pessoas acha que o
hip-hop é dança de favelado e que só quem sabem dançar são pessoas negras,mas eu acho que tudo isso é preconceito, é ingnorância das pessoas." O professor ainda destaca que os própios grupos de
hip-hop são muito fechados e que isso dificulta a expanção da dança." Tem muitas pessoas que querem que o
hip-hop cresça, é lógico, mas também há muitas pessoas que querem para sí, há muitos grupos que se fecham. Tudo na vida da gente tem uma competição,algumas pessoas querem ser professores, mas não querem ter concorrência." , destaca ele.

Outro ponto alto do gênero, são os "duelos de
hip hop" .O professor explica que na verdade entre o mundo do hip hop não há "duelos" e sim "batalhas de
hip-hop". São formandos grupos de dança para competir aleatoriamente, ficam dois grupos dançando aleatoriamente desafiando um ao outro e o juri´que vai julgar a "batalha" apena observa o dessenvolvimento de cada um dos grupos. Ganha que consegue dessenvolver melhor os movimentos, quem conhece a música e o grupo que tem mais afinidade.

Gracylliano cita o profissional de dança
Marcelo Cirino da cidade de Santos, no estado de São Paulo que foi aos Estados Unidos para conhecer novas culturas para trazer ao Brasil. Ele foi um dos responsáveis por trazer o
hip-hop ao Brasil, vários professores de dança viajaram para Santos para aprender com ele o novo ritmo, fora isso Marcelo Cirino também fazia muitas viagens pelo Brasil divulgando não só o hip-hop mas diversos estilos de dança. O grupo dele é o Dança de Rua do Brasil, que existe há 18 anos.
Outro profissional citado por Gracillyano é Fernando Teixeira que começou, assim como ele, em grupos de dança de rua e hoje viaja para outras países para competições de hip-hop representando o Ceará, "a vida dele mudou por causa da dança e ainda está mudando, estão acontecendo muitas coisas na vida dele, ele é um exemplo pro Ceará ", afirma Gracillyano.
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