quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Hip - Hop a Dança de Perifería que Conquistou o Mundo

Expressões Artísticas e musicais já atravessaram barreiras no passado, mas o hip-hop é mais que apenas música. É uma forma de vida que abrange movimento físico e expressão pessoal. O gênero artístico musical hip-hop, que surgiu na década de 1970 nas áreas centrais de comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas da cidade de Nova Iorque é destinado àqueles que independente de cor, raça, sexo e estado social, viram no hip-hop uma forma de contestar as injustiças de um sistema que quer nos segregar de maneira sutil e fazer com que nos sintamos superiores uns aos outros – simplesmente pela tonalidade mais clara de pele, ou pela textura mais lisa do cabelo; pela delicadeza dos traços faciais ou pela clareza dos olhos.


Para Gracylliano Santos, mais conhecido como Hotton, professor de hip-hop da Acadêmia de Dança Arte & Movimento a principal diferença do hip-hop em relação as outras danças está na expressão, " Apesar das outras danças também terem muita energía, o hip-hop exige mais nos movimentos que são colocados mais força, quem está fora vendo o hip-hop ser dançado sente toda a energía e a força que está sendo colocada...".




O hip-hop se espalhou rapidamente pelo mundo devido às periferias, na década de 70 uma banda chamada Afrika Bambaataa apareceu e começou a fazer shows inicialmente por Nova York e depois começou a expandir seus shows de hip-hop pelas periferias da cidade de Nova York, logo as pessoas se interessaram não só pela música, mas também pela dança.

Além disso, havia os jamaicanos que, após o fim período de colonização, se sentiram livres e começaram a viajar pelo mundo; logo eles tiveram o contato com o hip-hop e incluiram a música e a dança nas suas manifestações artísticas e começaram a difundir o gênero pelo mundo durante as suas viagens, explica Gracillyano.

Um ponto destacado pelo professor de hip-hop é o preconceito que o gênero sofre. " As pessoas acha que o hip-hop é dança de favelado e que só quem sabem dançar são pessoas negras,mas eu acho que tudo isso é preconceito, é ingnorância das pessoas." O professor ainda destaca que os própios grupos de hip-hop são muito fechados e que isso dificulta a expanção da dança." Tem muitas pessoas que querem que o hip-hop cresça, é lógico, mas também há muitas pessoas que querem para sí, há muitos grupos que se fecham. Tudo na vida da gente tem uma competição,algumas pessoas querem ser professores, mas não querem ter concorrência." , destaca ele.


Outro ponto alto do gênero, são os "duelos de hip hop" .O professor explica que na verdade entre o mundo do hip hop não há "duelos" e sim "batalhas de hip-hop". São formandos grupos de dança para competir aleatoriamente, ficam dois grupos dançando aleatoriamente desafiando um ao outro e o juri´que vai julgar a "batalha" apena observa o dessenvolvimento de cada um dos grupos. Ganha que consegue dessenvolver melhor os movimentos, quem conhece a música e o grupo que tem mais afinidade.


Gracylliano cita o profissional de dança Marcelo Cirino da cidade de Santos, no estado de São Paulo que foi aos Estados Unidos para conhecer novas culturas para trazer ao Brasil. Ele foi um dos responsáveis por trazer o hip-hop ao Brasil, vários professores de dança viajaram para Santos para aprender com ele o novo ritmo, fora isso Marcelo Cirino também fazia muitas viagens pelo Brasil divulgando não só o hip-hop mas diversos estilos de dança. O grupo dele é o Dança de Rua do Brasil, que existe há 18 anos.


Outro profissional citado por Gracillyano é Fernando Teixeira que começou, assim como ele, em grupos de dança de rua e hoje viaja para outras países para competições de hip-hop representando o Ceará, "a vida dele mudou por causa da dança e ainda está mudando, estão acontecendo muitas coisas na vida dele, ele é um exemplo pro Ceará ", afirma Gracillyano.

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